Gostaria de aproveitar este espaço para deixar-lhes uma mensagem de Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Também gostaria de encerrar aqueles episódios que marcaram minha presença no site EsquiloScans, a fim de dirimir quaisquer dúvidas acerca de minha conduta moral, pelo menos no que se refere à minha vida adulta.
Já quanto à minha conduta moral de antes da vida adulta, isso eu não posso me orgulhar muito, pois como vocês viram, não era muito digna de nota de minha parte.
Vamos então à explicação e espero que minhas palavras sejam compreendidas por vocês, não exatamente para me absolverem, mas sim, para compreenderem que a natureza humana é mais complexa do que imaginamos ser e, muitas vezes, a adesão ao BEM é uma tarefa árdua e compicada, pelo menos para quem não teve muita sorte em sua infância e adolescência (minha única sorte foi ter me tornado fã de Walt Disney).
Certa vez, li no livro Metafísica da Saúde de Luiz Antônio Gasparetto que quando nos prontificamos a reviver as coisas do passado no presente, devemos estar preparados para todas as coisas negativas que estão associadas à essas coisas do passado.
Na verdade reviver o passado é um processo de frente para trás, ou seja, primeiramente vão aparecendo as coisas negativas mais recentes que após superadas e devidamente elaboradas racionalmente, vão cedendo lugar às coisas negativas menos recentes.
Isso significa que primeiro vem a emoção negativa relativa a algum fato e depois, superada a emoção negativa, é que vem o fato em si tal como ocorreu e que erroneamente, por imaturidade de minha nossa parte, interpretamos de forma um tanto irreal, muitas vezes até mesmo interpretando o fato através da metáfora de alguma história em quadrinhos.
Percebi que as emoções negativas tem o papel de ocultar de nossas lembranças os fatos reais de nossas vidas, substituindo-os por uma lembrança fantasiosa de nosso passado ou até mesmo por uma racionalização mais favorável ao nosso crescimento na vida.
Por isso, quando levantamos o véu de nosso real passado as emoções negativas causadas pelos fatos reais vem primeiro, a fim de nos fazer desistir dessa sondagem.
Como sempre fui curioso do ponto de vista científico e nunca me compreendi direito, resolvi há cerca de 10 anos atrás (coincidentemente, minha mãe havia falecido há poucos anos atrás e eu percebia que com sua morte minha vida tinha perdido muito do sentido que até então eu tinha construído em função de minha mãe, ou seja, eu era um edipiano contumáz) encetar essa aventura solitária, escavando os artefatos arqueológicos que compuseram o tema de minha experiência pessoal de vida, tendo como palco de minhas atuações a Internet, visto que no mundo virtual tudo se torna possível, pois não nos sentimos tão constrangidos e nem assustados como na vida real, quando mostramos às pessoas certas facetas ocultas de nossa personalidade que nem temos mais tanta consciência delas, visto que depois de adultos, praticamente, tornamo-nos outras pessoas e rompemos com a pessoa que fomos até os 21 anos de idade (outra coincidência: nessa idade, em 1985, o Brasil torna-se democracia e não mais ditadura militar).
Meu último estágio, aparentemente, seria chegar ao meu fanatismo infantil pelas revistas Disney, mas somente depois de viver algumas aventuras virtuais no site EsquiloScans, que mais me parece uma caixa-forte do Tio Patinhas completamente inacessível do que num site de compartilhamento de scans, é que compreendi realmente a dimensão do MAL que foi a minha juventude antes dos 21 anos de idade e que me custou bastante superá-lo em mim, inclusive tornando-me bitolado na minha profissão e adotando um código de ética bastante rígido que para muitos era até visto como desnecessário, mas que para mim era questão de sobrevivência.
A aparência desse site de caixa-forte do Tio Patinhas despertou em mim lembranças de certos garotos na minha infância que tinham caixas e mais caixas de gibis e adoravam ostentá-los para me fazerem sofrer de desejos reprimidos e inveja de suas vidas que eu julgava maravilhosas.
Enfim, fui me deixando levar por esses impulsos infantis que foram surgindo e consegui ter acesso à famosa caixa-forte do Tio Patinhas utilizando-me de subterfúgios e trapaças mais dignos de um Irmão Metralha ou de uma Maga Patalógika do que dos heróis Disney que eu tanto admirava na infância e queria tornar-me igual à eles (os emails que eu criei são recentes e foram criados apenas para eu entrar no site como fake).
É claro que meu lado adulto não concordava muito com essa minha estratégia infantil e isso gerou um conflito moral entre o meu lado adulto de hoje e o meu lado infantil do passado que se manifestava no presente.
Por isso e somente por isso, eu não consegui sustentar a farsa que eu próprio tinha criado a fim de me apossar de um tesouro que na infância era praticamente o meu sonho de felicidade e até mesmo sucesso social com meus amigos de gibis, que me transformaria de invejoso em invejado, e, por isso, acabei deixando transparecer no grupo de vocês a minha farsa de identidade.
Portanto, deixo aqui o meu relato e espero que vocês o apreciem mais com os olhos da razão do que da emoção pois para chegar à consciência desses fatos foi um trabalho e tanto para mim, pois à cada nova verdade que surgia meu ego humano sofria um abalo que eu, felizmente, já havia aprendido a superar.
Uma das coisas que pouca gente se dá conta é do medo que elas tem da desilusão como uma coisa má e horrível.
Oras, se alguém sofre uma desilusão isso é uma coisa boa pois é sinal de que ela vivia iludida e não com os dois pés na realidade.
Finalizando, deixo aqui meus abraços a toda a esquipe do EsquiloScans que labuta para preservar um patrimônio cultural que para muitos como eu será de grande importância não só para se divertirem como também para se autoconhecerem melhor.
OS JETSONS - Abril - Maio de 1965
-
*Esta foi mais uma edição fotografada pelo ND Gibinautas em 2012 lá na
Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, e recuperada agora. Divirtam-se!*
*Restauro:...
2 comentários:
Gostaria de aproveitar este espaço para deixar-lhes uma mensagem de Feliz Natal e Próspero Ano Novo.
Também gostaria de encerrar aqueles episódios que marcaram minha presença no site EsquiloScans, a fim de dirimir quaisquer dúvidas acerca de minha conduta moral, pelo menos no que se refere à minha vida adulta.
Já quanto à minha conduta moral de antes da vida adulta, isso eu não posso me orgulhar muito, pois como vocês viram, não era muito digna de nota de minha parte.
Vamos então à explicação e espero que minhas palavras sejam compreendidas por vocês, não exatamente para me absolverem, mas sim, para compreenderem que a natureza humana é mais complexa do que imaginamos ser e, muitas vezes, a adesão ao BEM é uma tarefa árdua e compicada, pelo menos para quem não teve muita sorte em sua infância e adolescência (minha única sorte foi ter me tornado fã de Walt Disney).
Certa vez, li no livro Metafísica da Saúde de Luiz Antônio Gasparetto que quando nos prontificamos a reviver as coisas do passado no presente, devemos estar preparados para todas as coisas negativas que estão associadas à essas coisas do passado.
Na verdade reviver o passado é um processo de frente para trás, ou seja, primeiramente vão aparecendo as coisas negativas mais recentes que após superadas e devidamente elaboradas racionalmente, vão cedendo lugar às coisas negativas menos recentes.
Isso significa que primeiro vem a emoção negativa relativa a algum fato e depois, superada a emoção negativa, é que vem o fato em si tal como ocorreu e que erroneamente, por imaturidade de minha nossa parte, interpretamos de forma um tanto irreal, muitas vezes até mesmo interpretando o fato através da metáfora de alguma história em quadrinhos.
Percebi que as emoções negativas tem o papel de ocultar de nossas lembranças os fatos reais de nossas vidas, substituindo-os por uma lembrança fantasiosa de nosso passado ou até mesmo por uma racionalização mais favorável ao nosso crescimento na vida.
Por isso, quando levantamos o véu de nosso real passado as emoções negativas causadas pelos fatos reais vem primeiro, a fim de nos fazer desistir dessa sondagem.
Como sempre fui curioso do ponto de vista científico e nunca me compreendi direito, resolvi há cerca de 10 anos atrás (coincidentemente, minha mãe havia falecido há poucos anos atrás e eu percebia que com sua morte minha vida tinha perdido muito do sentido que até então eu tinha construído em função de minha mãe, ou seja, eu era um edipiano contumáz) encetar essa aventura solitária, escavando os artefatos arqueológicos que compuseram o tema de minha experiência pessoal de vida, tendo como palco de minhas atuações a Internet, visto que no mundo virtual tudo se torna possível, pois não nos sentimos tão constrangidos e nem assustados como na vida real, quando mostramos às pessoas certas facetas ocultas de nossa personalidade que nem temos mais tanta consciência delas, visto que depois de adultos, praticamente, tornamo-nos outras pessoas e rompemos com a pessoa que fomos até os 21 anos de idade (outra coincidência: nessa idade, em 1985, o Brasil torna-se democracia e não mais ditadura militar).
Meu último estágio, aparentemente, seria chegar ao meu fanatismo infantil pelas revistas Disney, mas somente depois de viver algumas aventuras virtuais no site EsquiloScans, que mais me parece uma caixa-forte do Tio Patinhas completamente inacessível do que num site de compartilhamento de scans, é que compreendi realmente a dimensão do MAL que foi a minha juventude antes dos 21 anos de idade e que me custou bastante superá-lo em mim, inclusive tornando-me bitolado na minha profissão e adotando um código de ética bastante rígido que para muitos era até visto como desnecessário, mas que para mim era questão de sobrevivência.
A aparência desse site de caixa-forte do Tio Patinhas despertou em mim lembranças de certos garotos na minha infância que tinham caixas e mais caixas de gibis e adoravam ostentá-los para me fazerem sofrer de desejos reprimidos e inveja de suas vidas que eu julgava maravilhosas.
Enfim, fui me deixando levar por esses impulsos infantis que foram surgindo e consegui ter acesso à famosa caixa-forte do Tio Patinhas utilizando-me de subterfúgios e trapaças mais dignos de um Irmão Metralha ou de uma Maga Patalógika do que dos heróis Disney que eu tanto admirava na infância e queria tornar-me igual à eles (os emails que eu criei são recentes e foram criados apenas para eu entrar no site como fake).
É claro que meu lado adulto não concordava muito com essa minha estratégia infantil e isso gerou um conflito moral entre o meu lado adulto de hoje e o meu lado infantil do passado que se manifestava no presente.
Por isso e somente por isso, eu não consegui sustentar a farsa que eu próprio tinha criado a fim de me apossar de um tesouro que na infância era praticamente o meu sonho de felicidade e até mesmo sucesso social com meus amigos de gibis, que me transformaria de invejoso em invejado, e, por isso, acabei deixando transparecer no grupo de vocês a minha farsa de identidade.
Portanto, deixo aqui o meu relato e espero que vocês o apreciem mais com os olhos da razão do que da emoção pois para chegar à consciência desses fatos foi um trabalho e tanto para mim, pois à cada nova verdade que surgia meu ego humano sofria um abalo que eu, felizmente, já havia aprendido a superar.
Uma das coisas que pouca gente se dá conta é do medo que elas tem da desilusão como uma coisa má e horrível.
Oras, se alguém sofre uma desilusão isso é uma coisa boa pois é sinal de que ela vivia iludida e não com os dois pés na realidade.
Finalizando, deixo aqui meus abraços a toda a esquipe do EsquiloScans que labuta para preservar um patrimônio cultural que para muitos como eu será de grande importância não só para se divertirem como também para se autoconhecerem melhor.
Post a Comment