Tira do dia... Carnaval


Então, ainda é Carnaval....

 Muito antes da onda de temáticos de 300 páginas, Edição Extra nos trazia mensalmente 84 páginas de alegria tematizada... Saudade dessa publicação...




Tira do dia... Carnaval.


Tira do dia... Carnaval.


Tira do dia... Carnaval.


Então é Carnaval....

Saudade dos Almanaques Temáticos... êêêê anos 80...


Zoo Disney


Os cães da Disney - Parte II

Hoje vamos falar dos cachorros do Donald... Muitos vão pensar no mais famoso deles, Bolívar, mas ele está longe de ter exclusividade como melhor amigo do Pato. 

Ao longo dos anos, as tiras e histórias colocaram diversos cães na vida dos patos. Alguns por longos períodos, outros por uma única vez. Mas sempre com muito humor. Vamos a eles...

Bolívar
Em abril de 1938, Bob Karp resolveu usar o cão criado por seu colega Homer Brightman dias antes em uma tira do Pato Donald, mas agora como “parceiro” do Pato. Considera-se a tira de Homer como a primeira do São Bernardo de estimação do Donald, mas pode-se perceber que nessa primeira tira o clima não é lá muito amistoso entre eles.  A partir de então, ele foi bastante recorrente nas tiras do Pato, aparecendo em uma centena delas (muitas inéditas por aqui, diga-se de passagem).

Carl Barks gostou da ideia e adotou o cão em pelo menos 10 de suas histórias, sendo “Que cachorrada, Tio!” de 1944 (que saiu aqui na Edição Extra 123 e O Melhor da Disney 17) a primeira em que ele aparece.  Mas os dinamarqueses e holandeses também gostaram do cão e ele figura em muitas histórias feitas nestes dois núcleos até hoje. Até os italianos usaram Bolívar em algumas histórias nos anos 60.

Bolívar teve vários nomes ao longo das histórias por aqui, como Borralho, Bernardino, Bernardo, Bernardão... Depois dos anos 70 passou a ser apenas Bolívar.

Ele também apareceu em muitas capas por aqui e pelo mundo...



Corisco
O Bolívar tem um filhote, o Corisco, que também apareceu em 13 tiras e uma história (de Carl Barks, por sinal, mas apenas em 3 quadrinhos e sem nenhuma referência a ser ele) entre 1945 e 1956. O pequeno São Bernardo é tremendamente arteiro. Nos anos 50 aqui ele também foi chamado de Barnabé, Adamastor, Leão e Bingo. Aliás, quase todas as aparições do Corisco foram publicadas por aqui ainda nos anos 50 (aparentemente 2 tiras continuam inéditas).


Se considerarmos apenas as tiras, Donald e sobrinhos contracenaram com muitos cães ao longo dos anos. A imensa maioria servindo apenas de complemento de cena para uma tira só. Mas alguns figuram em várias ocasiões. Entre esses cito alguns que considero interessantes:

Fido
 Fido, era um Cocker Spaniel adulto que apareceu pela primeira vez em uma tira de julho de 1947. O Inducks contabiliza 49 aparições dele nas tiras entre 47 e 53 e uma em 64, mas este último é visivelmente outro cão.

  


  
Fido
Mas há outro Fido, que se confunde com o outro em várias tiras, nomeado no Inducks como Fido from ZD 59-07-19 (que indica sua origem na tira diária de 19 de julho de 59). Este é um filhote, caracterizado como branco em algumas tiras e marrom em outras. Já nas tiras dos anos 70, ele aparece mais adulto, confundindo-se com o Fido de 47. Ele aparece em 115 tiras americanas entre 1959 e 1974, e outras 4, sendo 3 brasileiras, mas com o Zé Carioca, e uma dinamarquesa (estas, todas de 1965). Acredito que por se tratar de um filhote, tenha causado um maior apego junto às crianças e por isso teve maior longevidade.


                            
Taffy
Outro que se confunde com os Fidos é o Taffy (sem nome em português), originário de uma tira dominical de maio de 1953 (o Inducks inclusive o chama de Taffy from ZD 53-05-10, fazendo menção à tira de origem dele). Aparentemente um vira lata de médio porte adulto, que também aparece ora como branco, ora como marrom, ele é contabilizado em 46 tiras entre 53 e 63, mas com algumas variações em suas formas.

             
 Outros
Se for para considerar os de poucas aparições ou aparições únicas, dá pra perder as contas. Alguns exemplos...

Nas tiras 

     DD's dog from YD 61-04-04             DD's dog from ZD 57-06-09       DD's dog from YD 57-12-03
                     
Nas histórias

Snif – “Snif, o cão farejador” – Publicado aqui na revista Clube do Mickey 03 - 1979

Beco – “O aniversário é nosso” – Publicado na revista Pato Donald 1282 – 1976


Múmia – “Esse tio é uma múmia!” – Publicado na revista Pato Donald 1346 – 1977


Rabanete – “Plantando o sete” – Publicado na revista Zé Carioca 1475 – 1980


Sem nome – “Safari canino” – Publicado na revista Pato Donald 1859 – 1990


Loló – “Tico e Teco contra-atacam” – Publicado na revista Zé Carioca 1884 – 1990


 Dá pra perceber que os sobrinhos do Donald são especialistas em arrumar novos bichos de estimação, mesmo contra a vontade do Tio. Na maioria das vezes eles convencem o turrão a aceitar o animalzinho no final das contas.

Inclusive nas histórias de Carl Barks outros cães, além do Bolívar, também figuraram esporadicamente. Por exemplo:

A vida é dura” ou “The Talking Dog” (literalmente o cachorro falante) – Publicado a primeira vez no Pato Donald 109, de 1953.


Não maltrate os animais” ou “O amestrador” – Publicado aqui a primeira vez no Pato Donald 29 de 1952.

Existem outras histórias envolvendo cães, como as que o Donald é apanhador de cachorros (pelo menos 4 histórias, sendo 2 do Barks) ou onde o cachorro não é do Donald, mas tem papel fundamental na história.

Uma dessas histórias é “O melhor amigo do cão”, publicado na revista Zé Carioca 1377 e no Disney Especial 71, onde o Donald faz de tudo para salvar um caozinho perseguido por um grandalhão suspeito.



Outro bom exemplo é “Quem não tem cão, caça Kikibi”, publicado na revista Almanaque Disney 156, onde o Donald tenta achar um cão da rara raça Kikibi para receber uma recompensa.


O Donald também contracenou com o Pluto, o Cão, o Trambique, entre outros, mas daí, como pretendo falar deles futuramente, não contabilizei aqui.


Provavelmente tem mais informação interessante sobre a relação entre os cães e o Donald. Mas também há muitos outros caninos a serem abordados... então, até a próxima... Ah, se souberem de alguma história ou cão que deixei de fora, deixem nos comentários... 

Tira do Dia


Tiras do Dias Especial Banzé

Ainda em homenagem ao "astro" canino da primeira parte... E, amanhã, tem a parte 2, com os cachorros do Donald...



Zoo Disney


Tira do dia


Tira do dia Especial Banzé

Já que o assunto de ontem foi ele, vão aqui duas tirinhas inéditas por aqui...



Zoo Disney


Tira do dia


Os cães da Disney - Parte I

Postando dia desses a frase do Pateta “Não sou um homem, sou um cachorro”, lembrei que existem vários cães nas HQ Disney que são cães mesmo. Certamente o Pluto é o mais famoso deles, mas existem vários outros. Banzé, Vira-Lata, Lili, Joca, Velho Fiel, Bolívar, Corisco, Sabujo, Cão, Tobi, Borrão, Lobo, Trambique, Átila, Felpudo, Caozarrão... Conhece todos?

Bem, vou tentar falar deles em alguns posts ao longo dos próximos dias... Mas se esquecer de algum, me falem...

O primeiro é o meu preferido, Banzé

Que é, na verdade, todo um universo de cães.


Filho da Lili com o Vira-Lata, Banzé apareceu pela primeira vez no final do filme “A Dama e o Vagabundo”.  Mas ele, seu irmão e suas irmãs eram meros coadjuvantes finais do filme. Banzé se destaca por ter sido o único a sair parecido fisicamente com o pai. Seu irmão (Pinote) e suas irmãs (Chic e Sapeca) saíram idênticos a mãe.


No mesmo ano do longa metragem (de 1955), Banzé ganhou suas tiras diárias e dominicais. Sucesso absoluto, essas tiras foram publicadas ininterruptamente por vários anos, inicialmente com os roteiros de Ward Greene e os desenhos de Dick Moores, depois com os desenhos de Bob Grant e a bela arte final de Manuel Gonzales.

Nas histórias em quadrinhos, Banzé chegou com tudo em 1956, com roteiros de Del Connell e a bela arte de Al Hubbard. Uma parceria que gerou centenas de excelentes histórias, muitas delas pouco ou nunca publicadas no Brasil. Nos EUA, o pequeno cãozinho apareceu em 4 One Shots com seu nome e depois chegou a ter sua própria revista em duas oportunidades, a primeira pela Dell, durando 12 edições e depois pela Gold Key, durando  45 edições.

Existem mais de 12 mil registros no Inducks com o Banzé (incluindo tiras, histórias, ilustrações e capas). Literalmente são milhares de tiras e histórias, sendo muitas destas tiras inéditas por aqui e muitas delas que só saíram nos jornais da época nos EUA e nunca mais viram a tinta e o papel.

Atualmente só a Holanda produz histórias com o Banzé. Poucas, mas produz. A Dinamarca também produziu algumas num passado não muito remoto. Os italianos, maiores produtores de histórias Disney da atualidade, pelo jeito não gostam muito do personagem. Existe apenas uma história feita na Itália com o Banzé e é uma versão do filme a Dama e o Vagabundo, distribuída juntamente com o desenho em VHS nos anos 90.

No Brasil, foram criadas 8 tiras e 13 histórias entre 1974 e 1979. Além disso, o personagem estampou várias capas das revistas periódicas ao longo dos anos 50, 60 e 70.


O universo do Banzé cresceu bastante desde sua concepção nos anos 50. Em suas inúmeras histórias e tiras, o pequeno cão contracenou com outros personagens caninos advindos do longa:

Lili, a mãe do Banzé, uma linda Cocker Spaniel, com donos “ricos”, que acabou se envolvendo com um vira-lata e apaixonando-se.  Sua história é uma das que mais obteve sucesso entre os longas-metragens da Disney no quesito popularidade (vai dizer que não conhece a cena do espaguete?)

 .


Vira-lata, o pai do Banzé, um típico cão de rua que salvou a bela Lili quando esta se meteu em uma enrascada e acabou enrascado (no bom sentido) com a pequena burguesa. Acabou por se tornar o parceiro dela, ganhando um lar, mas jamais abandonou completamente as ruas e becos.

Pinote, Chic e Sapeca, Cockers Spaniels, como a mãe, são as “irmãs” do Banzé. Pinote era macho, geralmente não usava laço nas histórias, ou se usava, era azul, para diferenciar, mas sempre andou junto das irmãs, e, sendo idêntico a elas, sempre causou confusão. Com o passar dos anos os autores optaram por esquecer o gênero do pequeno e mencionar apenas com “as irmãs do Banzé”.


Joca, um Terrier Escocês, e o Velho Fiel, um Bloodhound (cão de Santo Humberto) farejador aposentado, são vizinhos da Lili, muito frequentes nas histórias dessa turma.


Caozarrão, um Bulldog amigo do casal e do pequeno Banzé, também foi bastante frequente nas histórias dos anos 50.


Marlene (ou Peg, no original), uma Pequinêsa toda charmosa, também originária do filme, sempre foi presença certa nas tiras e histórias nos anos 50 e 60.


Bóris, um Lebrél Irlandês (ou Wolfhound), também apareceu primeiro no desenho, mas sempre marcou presença nas histórias e tiras.


Pedro, um Chihuahua mexicano, também apareceu no desenho e foi bastante presente nas histórias dos anos 50 e 60. Nas histórias Pedro tem uma irmã toda charmosa Chiquita e três outras irmãs (Juanita, Rosita e Carmelita) que apareceram em menos vezes... Todas apaixonadas pelo Banzé...



Ao longo das HQ’s também foram introduzidos diversos novos personagens (e não só cães, diga-se) relevantes para as histórias. Aqui vou citar 4 deles:

Tiquinho, aparentemente um Dog Alemão, enorme, contrasta sempre sua presença com o tamanho do pequeno Banzé. Mesmo sendo frequente nas tiras, apareceu em apenas uma história holandesa de 2016.

Chico, pequeno chihuahua com sotaque espanhol, apareceu em quase 200 tiras ao lado do Banzé. Muitas vezes confundido com o Pedro, mas ele não tem irmãs e é, aparentemente, menor que o mexicano. Foi chamado de Pablo em algumas ocasiões.


Manchinha, outro vira-lata, recorrente nas tiras dos anos 50 e nas histórias dos anos 60 era caracterizado hora como branco, hora como marrom, também foi chamado de Malhado e Pintado... Mas no Inducks aparece sempre como o mesmo personagem.

Jóia, uma bela cadelinha (acho que uma Splitz alemã) que deixou o Banzé bem caidinho, também apareceu com frequência nas tiras dos anos 50 e 60.



Existem vários outros cães que aparecem ao longo das tiras e histórias, aparecendo em uma ou mais delas, mas fica bastante difícil nomear todos aqui (Veludo, Farejo, Timóteo, Zangão,Lulu, Fininho, Soneca, Bolão, Nanquim...).

O personagem teve uma edição de Melhores Piadas, lançado aqui em março de 1977. Foram publicadas cerca de 190 tiras diárias dos anos de 59 a 75, praticamente todas em P&B.


Se quiserem conhecer melhor o Banzé, fizemos uma edição virtual gigante compilando os primeiros anos de histórias, incluindo até algumas inéditas. É bem fácil de encontrá-la nos blogues na Web. Já estou pensando em dar continuidade fazendo a 2ª edição com os anos seguintes, pois, a Abril lançou muito pouco material de personagens secundários mesmo com os tijolões Mega e Jumbo, agora que só sobrou o Big, acho ainda mais difícil que isso venha a ocorrer. E se acontecer, vai ser com material que já tem versão digital (restaurado recentemente ou lançado recentemente) e o material clássico vai continuar ser ver a luz em terras brasilis...