Vou começar pelo meu preferido...
O Cão e a Raposa
“O Cão e a Raposa” foi o 24º filme de
animação dos estúdios Disney, lançado nos EUA em julho de 1981. O filme,
baseado no livro de mesmo nome de Daniel Pratt Mannix, (lançado em 1967) mostra
um filhote de raposa que perdeu a mãe e encontra um cãozinho de caça, tornando-se
amigos enquanto filhotes. Com o tempo o cão cresce e se aperfeiçoa na arte da
caça e isso torna-os inimigos naturais. Os eventos levam a reaproximação dos
velhos amigos, claro. O filme, na época, foi a animação mais cara criada pelos
estúdios Disney custando US$ 12 milhões (absurdos 2 Trilhões de cruzeiros 😄).
O cãozinho é Tobi, um perdigueiro farejador, muito
bom por sinal. Ele e Dodó, a
raposinha, tiveram sua aventura quadrinizada no mesmo ano do filme, com
desenhos de Pete Alvarado. A história
“O Cão e a Raposa: Amigos Inimigos”
foi publicada no Brasil em uma edição especial com o mesmo nome e com formato
um pouco maior, em outubro de 1982 (e republicada depois na revista Clássicos Disney O Filme em Quadrinhos 5,
de 1989).
Nos
EUA a história foi publicada na revista própria da dupla. As duas primeiras
edições trouxeram a história do filme dividida em duas partes e a terceira
edição trouxe 4 “novas” aventuras com os personagens, mas a dupla só se
encontra em uma delas.
A história
teve uma versão para tiras dominicais em 20 partes, lançada simultaneamente com
a versão em revista, com desenhos de Richard
Moore. Os italianos também lançaram no mesmo ano uma versão deles com
desenhos de Giovan Battista Capri. Além
disso, em 1995 a Disney Europe lançou uma nova versão em quadrinhos com
desenhos do espanhol Oscar Martin. Essas
versões nunca foram publicadas aqui.
Em compensação,
foram criadas 4 aventuras brasileiras para os pequenos amigos inusitados,
publicadas de agosto a novembro de 1982, como forma de promover o filme. Essas
histórias, com roteiros de Gerson
Teixeira e desenhos de Moacir
Rodrigues Soares, saíram nas edições 135 a 138 da revista Almanaque Disney.
Além de Tobi e Dodó (que não é bem um cão, mas sendo raposa é do mesma família Canidae)
a história também trás o rabugento cão de caça Chefe, responsável por ensinar as práticas de caça ao pequeno Tobi.
101 Dálmatas
"Os 101 Dálmatas" foi o 17º longa animado da Disney,
lançado em janeiro de 1961, baseado no livro homônimo de Dodie Smith, de 1956. Na trama, o casal de Dálmatas, Pongo e Pepita, têm 15 filhotes, e atraem a atenção de Malvina Cruella que
tem intenções bem ruins para com os pequenos. Diante da recusa dos donos a lhe
vender os filhotes ela contrata capangas para roubá-los. Eles se juntam a
vários outros filhotes comprados por Malvina e não sabem do trágico destino que
os aguarda. Com a ajuda dos outros cães da cidade Pongo e Pepita descobrem o
paradeiro dos filhotes e partem ao resgate, chegando em cima da hora para salvá-los
de virarem casacos de pele para a vilã. Contudo, na fuga o casal de dálmatas
leva todos os cãezinhos com eles, num total de 99 filhotes. Os donos de Pongo e
Pepita resolvem ficar com todos e daí vem o nome, 101 dálmatas. Em 2003 foi
lançada a animação “101 Dálmatas II - A Aventura de Patch em Londres “, uma continuação direta da animação
de 1961.
O filme teve
uma nova versão, live-action, filmada em 1996, com Glenn Close no papel de
Cruella. Nesta nova versão algumas alterações são bem perceptíveis, como a
mudança do nome de Pepita para Prenda e de Malvina Cruella para Cruella de Vil (igual ao original
americano) assim como o próprio desenrolar da trama e, principalmente, o final.
Essa versão teve uma sequencia no ano 2000 com Glenn Close voltando ao papel de
Cruella. “102 Dálmatas” chegou a ser
indicado ao oscar de melhor figurino.
A história em
quadrinhos foi publicada em tiras dominicais já em janeiro de 1961, em 13
partes, com desenhos de Bill Wright e
contribuições de outros grandes mestres como Chuck Fuson, Floyd Gottfredson e Manuel Gonzales. A HQ em versão para
revista saiu em março de 1961, com o roteiro adaptado por Carl Fallberg e os desenhos de Al
Hubbard, e foi publicada na edição 1183
de Four Color Comics (One Shots).
No Brasil
tanto a animação quanto a HQ foram batizadas de “A Guerra dos Dálmatas”. A HQ foi publicada primeiramente na revista
Diversões Juvenis 27, de Novembro de
1962. Depois foi republicada na edição 3 de Clássicos
de Walt Disney, de 1969, em formato grande (magazine) e republicada nas
outras coleções de Clássicos de Walt
Disney (de 78, 81, 83 e 88), além de sair na edição 3 de Disney Especial (“Cães e Gatos” de
1973). Infelizmente a versão das tiras dominicais nunca foi publicada aqui.
A história também saiu em uma bela edição
especial só dela, em formato maior (igual a "O Cão e a Raposa"), em julho de 1984, com direito a um bendito
concurso mutilador (para participar era necessário recortar 4 selos que vinham
nas capas das revistas da editora no mês de julho de 84).
Os Dálmatas
ainda apareceriam em outras 34 histórias ao longo dos anos, principalmente em
histórias Dinamarquesas (14 delas, sendo a última de 2015) e italianas (8
delas, sendo a última de 2001). Destas 34, pelo menos 27 são inéditas no
Brasil.
Além dos
filhotes (impossíveis de nominar, um a um) e dos pais, Pongo e Pepita, também
aparecem outros cães na história, a maioria incógnitos, exceto pelo Coronel e o gato Neco, mais atuantes na ajuda para salvar a todos.
Greyfriars Bobby - Meu Fiel Companheiro
Lançado em
1961, o filme “Greyfriars Bobby:The True
Story of a Dog” narra a disputa de crianças e adultos de Edimburgo para
ficar com o cãozinho Bobby. No Brasil o filme recebeu o nome de “Meu Fiel Companheiro”.
A história
ganhou logo uma versão em quadrinhos com roteiros de Eric Freiwald e Robert Schaefer e os desenhos de Jesse Marsh (notório por desenhar
personagens humanos como Davy Crockett). Ela foi publicada na revista Four Color Comics (One shots) 1189.
No Brasil a
HQ, com o mesmo nome do filme, foi publicada apenas uma vez, na revista Clássicos de Walt Disney 11, de outubro
de 1969.
Felpudo o Cão Feiticeiro
Em 1959 os
estúdios Disney lançava sua primeira comédia live-action (com atores reais).
Entretando, o personagem principal do longa era o Felpudo (Shaggy, no original), um enorme e peludo pastor inglês. O
filme foi considerado um grande sucesso na época e teve duas sequencias (“The Shaggy D.A”, em 1976 e “The Return of the Shaggy Dog”, apenas
para a televisão, em 1987) e duas refilmagens (uma em 1994 e a última em 2006).
A História
foi adaptada para os quadrinhos primeiro nas tiras dominicais, em 1959, com
adaptação de roteiros de Frank Reilly
e desenhos de Jesse Marsh (17 tiras).
Depois, para revista, com roteiros de Eric Freiwald e Robert Schaefer e desenhos de Dan Spiegle (famoso por desenhar os personagens Spin e Marty – Juca
e Mario no Brasil). Ela foi publicada na revista Four Color Comics (One Shots) 985, também em 1959. A sequencia,
“The Shaggy D.A” também foi adaptada para tiras dominicais, dessa vez com
roteiros de Carl Fallberg e desenhos
de Richard Moore, em 1976 (13 tiras).
Aqui a HQ foi
publicada primeiro compacta na revista Diversões
Juvenis 22, em 1962, e depois, completa, em Clássicos de Walt Disney 17, em 1970. As tiras dominicais da
sequencia foram publicadas aqui como uma única história, “Felpudo, O Cachorro Promotor”
na revista Almanaque
Disney 87, de 1978.
Old Yeller - Meu Melhor Companheiro
Em 1957 a
Disney adaptou o drama do livro “Old
Yeller” de Fred Gipson em um
longa metragem homônimo. O filme teve um sucesso considerável, principalmente
por seu final impactante com a morte do velho Uivador ficando marcada na
cultura americana. No Brasil o filme foi batizado como “Meu Melhor Companheiro”.
A história foi adaptada para as tiras
dominicais em dezembro de 1957 com roteiros de Frank Reilly e desenhos de Jesse
Marsh (13 tiras). Como história a adaptação saiu em janeiro de 1958, com
desenhos de Dan Spiegle, e publicada
na revista Four Color Comics (One Shots)
869.
No Brasil a
história, aqui batizada de “O Velho
Uivador”, foi publicada uma única vez na revista Clássicos de Walt Disney 10, de 1969.
Nikky, O Cão Selvagem do Norte
Lançado em
1961, o longa “Nikky – Wild Dog of the
North”, conta a história de uma parceria forçada entre um cão e um filhote
de urso encarando os perigos de uma região selvagem para tentarem sobreviver.
No Brasil foi chamado de “Nikky, O Cão
Selvagem do Norte”.
A história
foi adaptada para as tiras dominicais em abril de 1961 com roteiros de Frank Reilly e desenhos de Jesse Marsh (13 tiras). Como história a
adaptação saiu em setembro de 1961, com roteiro de Robert Schaefer, desenhos de Richard
Moore e publicada na revista Four
Color Comics (One Shots) 1226.
No Brasil a
história “Nikki, O Cão Selvagem Do Norte” foi publicada uma única vez na
revista Almanaque Disney 10, de 1972.
Caninos Brancos
Em 1991, os estúdios Disney
lança o longa “White Fang”. Na
trama, o jovem órfão Jack viaja para o Alasca para encontrar uma mina de ouro
deixada pelo pai. Quando chega no local, cria amizade com um lobo (na verdade
um Husky Siberiano) que nomeia de Caninos Brancos. O animal o acompanha sempre
e para todos os lugares e torna-se o seu melhor amigo. O filme ganhou uma
continuação em 1994 (“White Fang 2”).
A versão em quadrinhos foi
lançada em 1990, com roteiros de Bobbi J
G Weiss e desenhos de Richard Moore,
na revista própria, White Fang 1. A
continuação, até onde pude ver, não teve versão em quadrinhos.
No Brasil a história saiu na
revista Cine Quadrinhos 2, com o nome
“Caninos Brancos”.
Tem mais cachorrada vindo do
cinema, mas fica pra próxima....
2 comentários:
Eu simplesmente amei ler essa publicação. Li muitas histórias dessas na minha infância. Obrigada por me proporcionar um momento de recordação.
Gosto demais dos filmes Disney. Li todas essas histórias. (José - SC)
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